Letra:
Quanto eu chorei derramado
Aos Teus pés
Quanto eu clamei meu Senhor
Na adoração que eu fazia
Em meio à dor
O Teu coração me ouviu
Muitos não entendiam
A razão de eu insistir assim
É porque eu sentia que Deus de mim cuidava
E em mim gerava um sonho bom
Bem maior
Quando eu chorava
E me derramava
Deus livrou-me da amargura
E liberou o milagre
Alta madrugada
Fui agraciada
Eu vi Tua mão agir
Teu zelo e Teu amor por mim
Aprendi que tudo belo Tu fazes em seu tempo
Toda afronta e humilhação
Não se comparam com a glória que há de ser revelada a mim
Análise:
Esta música trata-se de um testemunho do socorro de Deus a seus filhos, e como tal se atém a descrever a experiência pessoal da pessoa socorrida.
Porém, diferente de canções como “Ziguezagueando”, onde seus defensores afirmam se tratar também de um testemunho pessoal (vide comentários), esta música não foge dos conceitos bíblicos, afirmando fatos desconexos da Palavra de Deus como o faz aquela.
A idéia central, pelos menos a que, pessoalmente, identifiquei, refere-se ao fato de ser essencial permanecer adorando e suplicando a Deus, mesmo quando estamos passando por momentos dificeis. A expressão “Na adoração que eu fazia, Em meio à dor” retrata bem isso, e em seguida a canção nos mostra que a consequência de tais atitudes é “O Teu coração me ouviu”, perfeitamente em harmonia com o que a bíblia fala sobre este assunto:
"Deus é o nosso refúgio e fortaleza, socorro bem presente na angústia". (Sl 46:1)
"A ele clamei com a minha boca, e ele foi exaltado pela minha língua. Se eu tivesse guardado iniqüidade no meu coração, o Senhor não me teria ouvido; mas, na verdade, Deus me ouviu; tem atendido à voz da minha oração". (Sl 66:17-19)
Outra passagem que me chamou atenção foi a última estrofe, onde o compositor não nega que seja possível passarmos por “afronta e humilhação”, assim como passaram grandes homens de Deus na história, em especial os Apóstolos, mas que, embora isso aconteça, nada pode ser comparado ao que Jesus tem preparado para nós, pois nem a morte poderá nos separar deste tão grande amor. Esse entendimento é perfeitamente cristão, defendido pelo Evangelho:
"Quem nos separará do amor de Cristo? a tribulação, ou a angústia, (...) Como está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia todo; (...) Mas em todas estas coisas somos mais que vencedores, por aquele que nos amou". (Rm 8.35-37)
"Mas, como está escrito: As coisas que olhos não viram, nem ouvidos ouviram, nem penetraram o coração do homem, são as que Deus preparou para os que o amam". (1Co 2.9)